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Navegador Brave começará a pagar usuários para visualizar anúncios

Melissa Eggersman

Foi anunciado essa semana que o navegador Brave vai introduzir a sua própria plataforma de anúncios que pagará tanto eles mesmos quanto os seus usuários.

Para quem não sabe, o Brave é um navegador grátis e de código aberto baseado no Web Chromium. Ele foi financiado por uma ICO e pode bloquear anúncios e rastreadores de sites, sendo uma opção muito popular entre usuários que visam ter mais privacidade ao navegar na internet.

A partir da sua versão 1.0, o Brave passará a substituir os anúncios da internet pelos seus próprios anúncios, que são considerados “respeitadores da privacidade”. Os usuários do navegador têm a opção de visualizar 20 anúncios por dia e, a partir do lançamento da versão 1.0, eles irão receber 70% da receita dos anúncios visualizados.

Esse é um sistema que não beneficia em nada os editores, já que apenas os usuários e a Brave terão ganhos. Os editores que tiverem interesse poderão fazer parte do sistema de Basic Attention Token, que permite que usuários contribuam oferecendo BAT a sites visitados, mas até o momento nenhum site notável havia se manifestado sobre isso.

O programa Brave Rewards é voluntário e os usuários deverão ter BAT para poder dar apoio aos sites. Quando o Brave Rewards é ativado, o navegador analisa o tempo e atenção dados a cada site e divide a contribuição mensal de BAT do usuário entre os sites visitados. Além disso, quando um usuário ativa as Brave Ads, o navegador começa a aprender as suas preferências para mostrar anúncios relevantes na forma de notificações de sistema de forma ocasional.

Os anúncios continuam com força total

Apesar de incomodar alguns usuários, os anúncios ainda são a principal forma de gerar renda de muitas mídias. Os AdBlockers e empresas como a Brave têm uma preocupação maior com a privacidade dos usuários. O bloqueio de anúncios acaba custando às empresas milhões de dólares em investimentos publicitários e acabou criando um ambiente onde muitos anunciantes não têm mais confiança no modelo.

Empresas de blockchain como a Brave estão lutando para tentar solucionar o problema. O Malvertising, pratica que utiliza os anúncios online para espalhar malware, é um problema real e as empresas devem estar dispostas a encontrar formas de lidar com ele. Entre outras alternativas há também o paywall ou modelo de assinatura, entretanto essa pode não ser uma solução acessível para todos, já que exige um pagamento mensal.

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