Brasil usa Blockchain na troca de informações entre reguladores financeiros

O Banco Central do Brasil desenvolveu uma plataforma Blockchain para facilitar a troca de informações entre os reguladores financeiros do país.

A plataforma que foi criada pelo departamento de TI do Banco Central do Brasil (BCB) recebeu o apelido de Pier, e será utilizada para distribuir de forma compartilhada os dados com entre o banco central e outros reguladores nacionais, a Superintendência de Seguros Privados do país (SUSEP), a Brazilian Securities. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).

A Blockchain nos dá segurança e fornece uma “rede horizontal de troca de informações“, onde não há a necessidade de uma entidade centralizada que de outra forma poderia influenciar na ‘superioridade hierárquica operacional’ sobre os outros, explicou o vice-chefe do departamento TI do BC Aristides Cavalcante.

A imutabilidade, uma das características da blockchain que assegurando que nenhum regulador possa manipular qualquer um dos dados envolvido na troca de informações, pois cada um dos dados são criptograficamente gravados e garante a autenticidade da informação, disse o funcionário do banco central.

“Atualmente há alguma troca de informações sobre os processos de autorização, que ainda não estão automatizados: o pessoal de uma das instituições entra em contato com as outras por cartas ou e-mails”, revelou Cavalcante. “Mesmo as poucas consultas de software automatizadas ainda exigem um certo grau de intervenção humana.”

O início

O Banco Central acredita que o Pier irá permitir o acesso a informações relacionadas a processos de sanção administrativa, acrescentando que “qualquer usuário do sistema poderá acessar qualquer informação considerada de interesse mútuo” em tempo real. A plataforma Pier provavelmente irá  entrar em operação no final de 2018.

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