Num final de semana em que o Cristianismo Ocidental celebra a base de sua teologia, os fãs do Bitcoin em todo o mundo podem estar esperando que uma ressurreição possa conduzir a outra. É fato que os possuidores de Bitcoin não têm tido bons meses nos últimos meses. De fato, ele tem caído grandemente e parece que ainda pode piorar.
Nesse contexto, Tom Lee, veterano de décadas na área das finanças profissionais, que tem sido relativamente correto em termos de prever o preço do Bitcoin, recentemente deu uma palestra sobre a cripto economia e por que ela importa. Estamos falando, não de meras opiniões de um “advogado” das criptomoedas, e ele pede que ouçamos e leiamos para atingir nossas próprias conclusões. O que ele fez foi simplesmente apresentar dados e fazer inferências sem agir como ideólogo ou como cypherpunk.
A tese do senhor Lee começa por apontar como o Bitcoin faz a cabeça de muitos investidores dar um nó. Começou valendo zero dólares, nenhum capital, nenhuma mesa de comando, cresceu sem ir a público, mesmo seus usuários divergem sobre ênfases em criptomoedas como estratégia de investimento.
Não obstante, a digitalização tem acontecido de maneira significativa, as 5 principais ações entre as principais 500 ações do mundo, por exemplo, são digitais. E com essa digitalização surge a oportunidade de descentralização do dinheiro. A centralização é cada vez mais vista como uma vulnerabilidade, como quando o banco central da malasia erroneamente atribuiu 50 milhões de dólares americanos a um Hacker.
Além disso, os sistemas monetários são construídos sob a confiança em governos, e a confiança nos Estados Unidos e por todo o mundo tem erodido. De fato, para os norte-americanos, a confiança no governo tem caído acentuadamente, e em lugares como Brasil, Argentina e Grécia, essa confiança quase já não existe. Esses simples fatos podem demonstrar que as moedas nacionais provavelmente não terão um futuro brilhante.
A erosão de confiança no governo entre aqueles que nasceram após o ano 2.000 já é real. Tendo vivido o drama de seus pais em 2008, esse grupo é especialmente reticente quanto à centralização. De acordo com uma pesquisa de 2016, 92% desse grupo não confia em instituições bancárias e as criptomoedas como o Bitcoin têm construído o que eles desejam: descentralização, escassez digital e confiança nativa – as chaves para a adoção futura. Os representantes dos chamados “millenials” tem agora 26 anos e é importante que todos aprendamos como eles pensam, uma vez que eles são a maior geração em termos numéricos da história da humanidade.
As criptomoedas são uma nova classe de ativos. Seu valor é intangível e grandemente baseado em confiança, um tema extremamente importante nessa área. Quando as pessoas confiam em seu dinheiro elas investem. Existem hoje 280 trilhões de dólares alocados em colecionáveis, se o Bitcoin capturar apenas 1% desse mercado, cada Bitcoin valerá 150 mil dólares, Lee aponta.
Outra razão para ser otimista segundo o estudioso é o prospecto do Bitcoin entrar em Wall Steet. Atualmente a maior exchange é a ICE e o fluxo de dinheiro é algo em torno de 4.6 Bilhões de dólares por ano. A Exchange de criptomoedas, Coinbase, por comparação, opera apenas 4 moedas e faria algo em torno de 600 milhões por ano, na sestimativas de Lee. Não é impossível pensar que em 18 meses a Coinbase pudesse tomar o lugar da ICE como a mais lucrativa Exchange do mundo. Lee sugere que as pessoas não precisam concentrar seus investimentos somente em criptomoedas, mas todos devem considerar tê-las em seu portfólio.
Fonte: news.bitcoin.com
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