Blockchain pode ser uma “ameaça aos investimentos da Fidelity”

O chefe da Fidelity Institutional, Mike Durbin, disse que o blockchain pode acabar representando uma “ameaça existencial” ao que a empresa faz.

Ao falar com Frank Chaparro, do The Block, no Consensus 2021, Durbin apontou que a Fidelity Institutional estava preparada para colher os benefícios da eficiência que vêm com a adoção da tecnologia blockchain. No entanto, a mesma tecnologia pode ser uma “ameaça” para o gigante financeiro e o que ela faz.

“Há a curiosidade intelectual do que essa tecnologia [blockchain] poderia fazer por nós, nos próximos anos”, acrescentou. Ele também falou sobre o espaço das criptomoedas, observando que os desenvolvimentos até agora poderiam ser apenas a “ponta da lança“.

Fácil e sem atrito

De acordo com Durbin, a incursão da Fidelity na indústria de criptomoedas vem principalmente da necessidade de atender às demandas dos clientes. A maioria desses clientes, disse ele, são “criadores de riqueza de primeira geração“, cujo principal interesse é encontrar maneiras fáceis e sem atrito de entrar no espaço cripto.

Porém, a volatilidade que atingiu recentemente o mercado de criptomoedas, em relação aos comentários de Elon Musk, afetou a confiança em alguns dos novos investidores.

Para ele, aqueles que entraram no espaço porque viam o Bitcoin como uma reserva de valor podem ter ficado perplexos com a queda maciça dos preços. Apesar disso, Durbin acredita que a liquidação não forneceu nada mais do que um “pontinho” à medida que a criptomoeda continua a amadurecer.

A Fidelity Institutional é uma empresa líder em gestão de investimentos que atende ao mercado institucional dos EUA, com $3,7 trilhões em ativos sob administração, a partir de registros publicados em 31 de março de 2021. Alguns de seus clientes incluem consultores financeiros que usam os recursos da empresa para adaptar estratégias de investimento que atendam a seus respectivos investidores.