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Bitcoin: Empresas podem se tornar inimigas da criptomoeda?

Benson Toti

Uma das características que mais tem favorecido o Bitcoin durante a crise do coronavírus, é a promessa da criptomoeda se tornar um importante meio de pagamento global. E é justamente por isso que grandes empresas de tecnologia como Google, Apple e Facebook podem tentar tomar o lugar do Bitcoin, buscando oferecer serviços financeiros facilitando os pagamentos em todo o mundo.

Afetadas pela pandemia, as principais fontes de receita dessas gigantes, estão em baixa e as chances delas conseguirem se recuperar após a crise ainda é incerta, por isso Google, Apple e Facebook precisam encontrar novas maneiras de gerar renda.

Vale destacar que pode chegar um momento que essas empresas verão o Bitcoin como um concorrente e quando esse dia chegar elas podem tentar matar o BTC para que possam aumentar seus lucros. Porém nos últimos dias o Bitcoin tem ganhado importantes aliados, um deles é o autor do best seller Pai rico Pai pobre que recentemente opinou sobre o Bitcoin, indicando a criptomoeda como uma reserva de valor em tempos de incerteza global.

Google

Google tem trabalhado no lançamento de um cartão de débito inteligente, de acordo com a equipe do Google, seu sistema de pagamento permitirá que os usuários utilizem cartões físicos, cartões online e celulares para fazer compras.

O Google se uniu ao Citibank e à Stanford Federal Credit Union para desenvolver o cartão, que inicialmente terá bandeira Visa. Ainda não foi divulgada a data de lançamento do cartão, mas já se sabe que acontecerá ainda este ano.

Apple

A Apple tem o “Apple Card”, que oferece reembolso de 3% em compras na Apple, 2% em todas as compras feitas no cartão através do Apple Pay e reembolso de 1% em outras compras. O Apple Card é um cartão de crédito integrado ao iPhone (iOS), que permite o uso com o Apple Pay ou em sua versão física.

O serviço foi criado em parceria com o banco americano Goldman Sachs e a MasterCard. O diferencial do cartão é que todos os procedimentos devem ser realizados pelo aplicativo Wallet, nativo do sistema da Apple, que mostra relatórios para o gerenciamento de gastos do usuário.

Desse modo, todos os dados relacionados ao serviço estão no smartphone. Caso o usuário ainda deseje a versão física, é possível solicitá-la por meio do mesmo app.

Facebook

Desde o ano passado o Facebook tem trabalhado em sua própria criptomoeda, a Libra. Por conta de toda uma pressão regulatória, o projeto Libra Association se afastou de sua visão original de uma stablecoin global, mas agora o Facebook pretende atrelar a criptomoeda a diferentes moedas fiduciárias. Uma moeda de Libra pode ser atrelada ao euro, outra ao dólar americano e assim por diante.

Vale lembrar que o Facebook também está se preparando para lançar o sistema de pagamentos do WhatsApp. Voltando a falar sobre a criptomoeda do Facebook, a Austrália afirmou recentemente que está pronta para regular a Libra e deve ser uma das primeiras regiões a aprovar o meio.

Bitcoin

O Bitcoin não tem CEO, nem é uma empresa que precisa gastar rios de dinheiro com marketing, funciona numa rede descentralizada baseada apenas aos princípios matemáticos, e ao longo de toda sua existência tem se mostrado muito estável. Outra importante característica do Bitcoin é que  ninguém, seja organização ou governo pode interferir nas transações da criptomoeda, também não é possível impor taxas nas transações ou “confiscar” o dinheiro das pessoas, as transações são totalmente transparentes, podendo ser acessada por qualquer pessoa.

Tudo isso garante uma vantagem extra para o Bitcoin, mas caso empresas como o Google, Facebook e Apple vejam o Bitcoin como inimigo, elas podem pressionar os governos de alguma forma possam regulamentar e até proibir as negociações Bitcoin.

Vale destacar que as chances de isso acontecer são relativamente muito baixas, mas em se tratando de lucro e ganância não se pode descartar nenhuma possibilidade de que um dia o Facebook, o Google e a Apple, direcionem seus ataques ao Bitcoin.

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