Banco Central do Brasil considera CBDC como opção provável

Banco Central do Brasil considera CBDC como opção provável

By Benson Toti - min. de leitura
Imagem da sede do Banco Central do Brasil

O Banco Central do Brasil está avaliando seriamente os benefícios de uma moeda digital do Banco Central

Relatórios do Brasil mostram que o Banco Central está nos estágios iniciais de lançar as bases para o desenvolvimento de um CBDC. Isso ocorre depois que um anúncio oficial revelou que o banco já havia estabelecido um comitê cujo objetivo principal seria estudar o espaço criptográfico no país.

A equipe terá 12 membros em um grupo intergovernamental cujo foco será avaliar exaustivamente como o CBDC pode ser integrado ao ecossistema de pagamentos nacional. Além disso, o grupo também foi encarregado de determinar o impacto que os CBDCs poderiam ter na sociedade e na economia do país.

Relatórios anteriores indicam que o país gasta cerca de R$ 90 bilhões (US$ 16 bilhões) para garantir um estoque funcional de papel-moeda em circulação. Essa soma se traduz em cerca de 2% do produto interno bruto (PIB) do país.

O Banco Central formou o grupo para que pudesse avaliar o potencial de uma opção de CBDC e calcular quanto dinheiro seria economizado com sua implementação. Isso ajudará o banco a avaliar como e se isso será benéfico para a economia.

Em nota, Rafael Sarres de Almeida, diretor de Tecnologia da Informação do Banco Central do Brasil, explicou: “O assunto moedas digitais abordado pelos bancos centrais está na agenda de pesquisas de muitos bancos centrais há algum tempo. No entanto, este ano, houve um foco maior em uma abordagem mais prática “.

Sarres acrescentou também que a China já está na fase final de suas discussões sobre moeda digital.

Conforme observado por Sarres, o Brasil buscará se juntar à China e outras nações que têm planos para projetos financeiros semelhantes. Ainda é muito cedo para especular como isso funcionará, mas a maioria dos fatores mostra que é uma trajetória positiva.

No início de maio deste ano, a rede de câmbio e remessas americanas Ripple se reuniu com funcionários do Banco Central do Brasil em uma reunião a portas fechadas.

O banco informou que seu presidente, Robert Neto, fez uma videoconferência com quatro executivos da Ripple Labs, entre eles o CEO Brad Garlinghouse. Pouco se sabe sobre os procedimentos desta reunião, mas foi rotulada como uma discussão de “questões institucionais”.