Ataque à Cryptopia continua e mais R$670 mil são roubados

Ataque à Cryptopia continua e mais R$670 mil são roubados

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 01 junho 2021

O ataque à Cryptopia foi a grande história do começo de 2019. Mas parece que tudo ainda não acabou e ainda tem água para correr nesse caso. Segundo informações, os mesmos hackers ainda estão controlando a corretora da Nova Zelândia e ainda estão roubando valores.

A Elementus, uma empresa de análise de dados da blockchain, disse em um post que os hackers da Cryptopia, depois de ficarem em silêncio por alguns dias, voltaram a roubar um total de 1.675 Ether (ETH) de 17 mil carteiras diferentes, totalizando um valor de mais de R$670 mil.

A Elementus disse que, no início, parecia que a Cryptopia estava movendo valores de Ether entre criptomoedas para assegurar os valores dos usuários que não foram roubados. Porém, os valores estavam sendo enviados para um endereço de Ethereum ligado aos hackers que executaram o primeiro ataque.

“O grupo de hackers tem as chaves privadas dos usuários e eles podem transferir e sacar fundos de qualquer carteira da Cryptopia quando bem entenderem.”

A Elementus também disse que algumas carteiras que foram roubadas continuam recebendo dinheiro, sugerindo que nem todos os usuários estão cientes do problema.

“A maioria dos fundos estão vindo de carteiras ligadas à mineração. Provavelmente, esses pagamentos estão sendo feitos para usuários que escolheram receber prêmios de mineração automaticamente através de depósito direto e possivelmente esqueceram disso.”

Na última semana, a Elementus publicou outra análise, indicando que que cerca de $16 milhões em tokens Ether e com padrão ERC-20 foram roubados de carteiras da Cryptopia. A exchange ainda não lançou nenhuma informação sobre o valor roubado. A única informação oficial é que ela deixou de realizar negociações no dia 15 de janeiro, citando um “ataque que resultou em perdas significativas.”

Desde então, a polícia da Nova Zelândia continua investigando o caso, dizendo que a força policial mantém uma mente aberta sobre as possibilidades, já que existe a possibilidade de tudo não se passar de um exit scam (quando a corretora retira o dinheiro dos usuários antes de declarar falência ou perdas irreparáveis).

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