Artigo anterior Agencia Reuters afirma: Criptomoeda venezuelana não tem “garantias” Próximo artigo Home Agencia Reuters afirma: Criptomoeda venezuelana não tem “garantias” Agencia Reuters afirma: Criptomoeda venezuelana não tem “garantias” By Ruchi Gupta - min. de leitura Atualizado 01 junho 2021 A Reuters uma das mais conceituadas agências de notícias do mundo, realizou uma investigação jornalística sobre a criptomoeda lastreada no petróleo venezuelano, a Petro. Através da investigação os repórteres tentaram descobrir em que é baseado a afirmação do presidente venezuelano de que a Petro tem a garantia de 5,3 bilhões de barris de petróleo. A principal linha de investigação dos repórteres foi a afirmação do presidente Nicolas Maduro de que no campo de Ayacucho na vila de Atapirire estão os 5,3 bilhões de barris de petróleo que supostamente fornecem lastro para a Petro. Não tem Petro A criptomoeda Petro foi criada para salvar a economia venezuelana da hiperinflação, que já atingiu o nível onde é medida por números de cinco dígitos. Mas, durante quatro meses os jornalistas buscaram sinais de petróleo, enquanto conversavam com especialistas em criptomoedas e especialistas no desenvolvimento de campos de petróleo. E chegaram a conclusão de que a “moeda” lastreada em petróleo não é negociada em nenhuma exchange importante e a Petro não é aceita em nenhuma loja local. Os moradores de Atapirire afirmam que o governo não está fazendo nada para desenvolver o campo de petróleo. Eles também não acreditam que um dia sua aldeia seja o centro da revolução financeira. Falta de infra-estrutura No campo de Ayacucho, os repórteres da Reuters não encontraram nenhuma atividade relacionada à produção de petróleo – apenas máquinas antigas e estruturas abandonadas foram encontradas. O ex-ministro da Indústria Petrolífera da Venezuela, Rafael Ramirez, afirma que são necessários US $ 20 bilhões para a infraestrutura, afim de desenvolver esse campo, algo impossível para o país e para a estatal de petróleo e gás PDVSA. A Petro é baseado em um valor arbitrário que existe apenas na imaginação do governo “, disse Ramirez. Francisco Monaldi, especialista em energia, declarou que o território supostamente rico em petróleo tem um grave problema de infraestrutura, estradas, sistema de esgoto e instalações de geração de energia estão colapsadas. “Não há plano de investimento e razão para acreditar que será desenvolvido aqui algum projeto pra salvar a Venezuela” , disse ele. Portanto segundo ele, para construir a infra-estrutura necessária afim de extrair o óleo que servirá de lastro para o token Petro, será necessário, muito mais recursos do que foi conseguido com o lançamento do token. Nicolás Maduo afirmou ter conseguido US $ 5bilhões, Francisco Monaldi estima em US $20bilhões o valor necessário para reconstruir o campo de Ayacucho. A Venezuela passa por uma grave crise e mesmo assim o governo de maneira insana prega o sucesso da nova criptomoeda. Recentemente, Maduro ordenou que aumentasse 60 vezes o nível do salário mínimo, fixando o Bolívar a moeda nacional, a Petro. Isto desencadeou debates entre os economistas, a grande maioria não acredita que “amarrar” a Petro ao bolivar seja uma boa idéia. “Não há como vincular preços e taxas de câmbio a um token que não é negociado “, disse Alehandro Machado, especialista venezuelano em criptomoedas. Guia do Bitcoin Compartilhe este artigo Categorias Política E Regulação Etiquetas China