Desde o começo do Bitcoin, há uma grande preocupação com o uso da criptomoeda por parte de criminosos para lavagem de dinheiro e compra de produtos ilícios. Para lidar com esse problema, recentemente a GAFI (FATF) criou várias regras restritas para monitorar as transações de criptomoedas.
Porém, de acordo com nomes importantes do mercado, essa ação pode acabar dificultando o controle dos órgãos reguladores em relação às atividades criminosas.
David Jevans, CEO da empresa de rastreamento de transações de criptomoedas CipherTrace (um importante nome dentro do criptomercado), compartilhou seus comentários sobre o uso criminoso de criptomoedas em um painel realizado pelo grupo Chamber of Digital Commerce.
O painel foi realizado no dia 21 de outubro.
Durante o painel, Jevans alegou que as criptomoedas mais conhecidas, como é o caso do Bitcoin e Ether (ETH, Ethereum) são atualmente as mais populares entre os criminosos até o momento devido ao seu bom nome de marca e à facilidade de comprar e sacar essas moedas.
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Jevans enfatizou que 95% do que o CipherTrace identifica como atividade criminosa está realmente usando criptos mais populares como Bitcoin e Ether.
Uma vez impostas, regulamentações globais de criptomoedas como a regra de viagens do GAFI, que exige que exchanges coletem dados pessoais de usuários, terão consequências indesejadas, como levar atividades criminosas a moedas de privacidade, como Monero (XMR) e Dash (DASH), alertou Jevans.
Segundo o executivo da CipherTrace, os esforços de des-anonimização dos reguladores tornarão a corretoras de moedas pseudônimas como o BTC mais parecida com o setor bancário. Jevans disse:
“À medida que obtemos mais dessa des-anonimização e ele se torna mais parecido com o setor bancário, acho que uma consequência não intencional será a existência de um esforço conjunto para usar moedas com privacidade aprimorada.”
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