A função da criptografia assimétrica no Bitcoin: verificabilidade

A função da criptografia assimétrica no Bitcoin: verificabilidade

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

 

As pessoas que não conhecem o ramo da criptografia de forma mais profunda às vezes podem ter um pouco de dificuldade de entender sua importância e aplicação para o fenômeno das moedas digitais descentralizadas. Certamente não é à toa que tais arquivos são chamados de criptomoedas e só por isso já podemos concluir que alguma forma de criptografia é absolutamente essencial nesse universo.

Criptografia de chaves assimétricas

Há diversas formas de criptografia e a principal delas usada pelo Bitcoin é a criptografia assimétrica de chaves públicas e privadas. Andreas Antonopolous, em seu livro “Mastering Bitcoin”, p. 57 diz que a razão para o uso da criptografia assimétrica ser usada no Bitcoin

“não é para encriptar (fazê-las secretas) transações, mas a utilidade dessa criptografia é sua habilidade em gerar assinaturas digitais. Uma chave privada pode ser aplicada à impressão digital de uma transação para produzir uma assinatura numérica. Essa assinatura só pode ser produzida por alguém que conheça a chave privada. Contudo, qualquer pessoa com acesso à chave pública e à impressão digital pode usá-las para verificar a assinatura. Essa propriedade útil da criptografia assimétrica torna possível que qualquer pessoa verifique as assinaturas de todas as transações, enquanto permanece garantido que só o possuidor da chave privada pode produzir assinaturas válidas”.

Todo esse palavreado técnico quer dizer uma só coisa. Só o dono da chave privada pode assinar uma transação válida na rede, mas qualquer pessoa com acesso à rede (e ela é pública para todos) pode verificar se a matemática bate em cada uma das transações. Em resumo, a rede é transparente e publicamente auditável e as implicações disso são enormes e estão no centro da atratividade do sistema do Bitcoin

Verificar é confirmar a validade e transparência do sistema

Uma das críticas mais direcionadas ao Bitcoin da parte dos governos e bancos através da mídia é que o anonimato (ou melhor, pseudoanonimato) do Bitcoin pode servir para propósitos obscuros. Sim, é verdade que todas as tecnologias podem ser usadas pro bem ou para o mal. Mas a crítica usa a desinformação das pessoas implicar que o Bitcoin seja obscuro, o que é o exato oposto da realidade. O Bitcoin é transparente e qualquer um pode verificar isso! Nenhum banco ou governo abriria todos os seus registros para que eles fossem verificados publicamente por qualquer pessoa! Eles é que são o verdadeiro sistema obscuro!

A matemática à serviço daqueles que não têm o que esconder

Naquilo que é essencial o Bitcoin não tem o que esconder. O suprimento atual e futuro de moedas, por exemplo, é claro e facilmente determinado. Tente descobrir quanto “dinheiro” existe no sistema financeiro atual… É impossível. Todas as tentativas de fraudar o sistema do Bitcoin falharam. Tente contar quantas vezes o sistema atual falhou… É impossível.

No que tange à identidade por detrás dos endereços de bitcoin, essa é uma discussão mais complexa. As pessoas não têm o direito ao anonimato em relação àquilo que compram ou vendem? Ou deveríamos todos dar todos os nossos dados a estranhos cada vez que compramos ou vendemos alguma coisa? Nesse ponto, há o que se preservar, não o que esconder.

A verificabilidade das transações fazem do Bitcoin simplesmente uma forma superior de dinheiro e mais cedo ou mais tarde isso ficará cada vez mais claro a cada vez mais pessoas.

Ezequiel Gomes

Guia do Bitcoin

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