95% das transações de criptomoedas ocorrem no exterior, diz Sam Bankman-Fried

Sam Bankman-Fried pediu ao governo dos Estados Unidos que forneça clareza sobre a situação das criptomoedas no país.

Sam Bankman-Fried, CEO e cofundador da exchange de criptomoedas FTX, apontou que mais de 95% do volume de negociação de criptomoedas ocorre no exterior. Ele instou o governo dos EUA a fornecer maior clareza regulatória para atrair empresas para o país.

Bankman-Fried tornou isso conhecido enquanto conversava com membros do Comitê de Agricultura do Senado durante uma audiência ontem. Ele disse;

“Apesar da maior parte da propriedade intelectual da indústria de ativos digitais originária dos Estados Unidos, 95% do volume ocorre no exterior. A maioria dos ativos não são acessíveis nos Estados Unidos. Seria ótimo poder mover essa liquidez, esse negócio de volta para o exterior.”

O CEO da FTX citou 95% ao solicitar clareza da supervisão federal sobre o setor de criptomoedas. Bankman-Fried acrescentou que apoia a expansão da jurisdição da Commodity Futures Trading Commission (CFTC).

A CFTC atualmente regula o mercado de derivativos de criptomoedas, e o CEO da FTX quer que a agência reguladora também regule as transações spot de criptomoedas.

Bankman-Fried sugeriu que os Estados Unidos criassem um processo para permitir o registro de criptomoedas no país. Ele também pediu maior clareza sobre os requisitos de licenciamento.

As mensagens de Sam Bankman-Fried se alinham com o pedido do presidente da CFTC, Rostin Behnam, que pediu aos legisladores dos EUA que concedam à sua agência mais autoridade sobre o mercado de criptomoedas. Ele também pediu um orçamento maior para permitir que a CFTC regule as negociações no mercado de criptomoedas em rápido crescimento.

FTX é atualmente uma das principais criptomoedas do mundo. De acordo com Bankman-Fried, sua exchange processa cerca de US$ 15 bilhões diariamente, representando cerca de 10% do volume global de negociação de criptomoedas.

A exchange recentemente levantou US$ 400 milhões, e a empresa agora está avaliada em mais de US$ 32 bilhões.