Em outro post falei sobre algumas diferentes formas de mineração, PoW (Proof of Work ou Prova de trabalho), PoS (Proof of Stake ou Prova de Participação) e PoC (Proof of Capacity ou Prova de Capacidade).
Caso não tenha visto, segue o link abaixo.
Hoje falarei sobre uma forma de mineração menos conhecida, o Delegated Proof of Stake (DPOS), desenvolvido por Daniel Larimer.
O DPOS é um algoritmo de consenso como os demais citados acima e apesar de contar como algumas diferenças fundamentais, se assemelha ao Proof of Stake (POS) nos seguintes sentidos:
O modelo remete, de certa forma, a um modelo democrático, pois detentores da moeda tem poder de voto de acordo com a quantidade de moedas que possuem. Podendo eleger “delegates/witnesses” ou representantes/testemunhas que serão parte do grupo de criação dos novos blocos.
Estes representantes se revesam para forjar os novos blocos, que são criados num prazo pré-estipulado pelo protocolo. Este prazo é previsível, normalmente de poucos segundos e permite ao blockchain processar novos blocos de forma muita mais rápida que outros modelos de consenso.
Caso um destes representantes não execute o trabalho de forma satisfatória, os detentores da moeda podem simplesmente realocar o seu voto e efetivamente excluir este representante do processo, elegendo outra pessoa para executar a tarefa.
Como este trabalho é remunerado, há um claro incentivo para que tais representantes se comportarem de maneira adequada.
Já existem diversas moedas que utilizam o DPOS, abaixo algumas das principais:
O número total de representantes/testemunhas varia de acordo com cada projeto, em alguns casos os detentores das moedas podem votar na totalidade do painel de “forjadores”, em outros casos podem votar somente em um.
Na imagem abaixo, retirada do Blockexplorer do Steem, pode-se ver os últimos blocos criados, quem foi o “forjador” e com o número de votos que cada um tem.
Conclusão
Entre os diversos algoritmos de consenso, o DPOS realmente se destaca, não somente devido a velocidade e capacidade de processamento, mas também por ser um modelo mais justo e mais democrático.
Enquanto o POW sofre severas críticas devido ao alto consumo de energia e pela concentração de mineradores; o POS também criticado por beneficiar de forma desproporcional os grandes detentores de moeda; o DPOS, por outro lado, realmente se apresenta como uma alternativa interessante.
Em relação a segurança da rede, hoje o POW é considerado o mais seguro devido ao custo enorme de energia e hardware para poder alterar/manipular o blockchain.
Acredito que também veremos modelos híbridos de algoritmos de concenso sendo adotados, tanto por moedas novas quanto antigas.
Só o tempo dirá qual ou quais algoritmos serão os vencedores.
(Eduardo Cruz – Entusiasta do mundo de moedas virtuais. [email protected])
Fonte: https://medium.com/@eduardo.domc/dpos-o-que-%C3%A9-e-como-funciona-o-delegated-proof-of-stake-7797558e403d
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