Explicando a Segwit

Os problemas atuais da escalabilidade do Bitcoin é principalmente o tamanho insuficiente do bloco. Os blocos consecutivos de transações são do que o Blockchain é composto. O Blockchain, por sua vez, é o livro-razão de todas as transações que ocorreram na rede até agora.

O problema aqui é que, atualmente, os blocos têm um limite codificado de um megabyte. Isso não é suficiente para contabilizar as centenas de transações que os usuários estão tentando enviar a cada minuto.

Conseqüentemente, muitos desses usuários têm que esperar na fila até que sua transação possa ser confirmada; Às vezes por horas ou mesmo dias. À medida que o tamanho da rede cresce, aumenta a intensidade da transação, enquanto o tamanho do bloco permanece o mesmo, o que significa que o problema está continuamente piorando.

A solução do SegWit para isso é dupla. Em primeiro lugar, permite um aumento imediato do limite de tamanho de bloco para quatro megabytes. Há uma advertência aqui: quatro MB é o máximo absoluto, enquanto o tamanho real do bloco dependerá das condições da rede. É previsto pelos especialistas que esteja na faixa de cerca de 2,1 megabytes imediatamente após a ativação do SegWit.

Em segundo lugar, resolvendo a maleabilidade da transação, o SegWit elimina o que costumava ser um problema menor para o próprio Bitcoin, mas uma barreira importante para implementar soluções de segunda camada. Uma dessas soluções é a proposta Rede Lightning. Espera-se permitir um aumento maciço na capacidade da rede movendo a maioria das transações fora do Blockchain para o processamento rápido.

Os principais pontos contra o SegWit podem ser divididos em três grupos: técnico, político e ideológico.

Alguns argumentaram que SegWit, em seu estado atual, não será capaz de resolver os problemas que promete resolver. Um dos principais argumentos aqui é que o aumento de tamanho de bloco proposto pela atualização não é suficiente para satisfazer as crescentes necessidades da base de usuários do Bitcoin.

A maioria dos especialistas parece concordar com a alta competência técnica dos autores do SegWit, bem como com a solidez da própria tecnologia. No entanto, é quase impossível para uma pessoa que não é um programador avaliar a autenticidade dos argumentos propostos por ambos os lados.

O fato de que o debate agora não é puramente tecnológico, mas tem um aspecto político também só complica as coisas. Um grande número de pessoas que trabalham no SegWit também são empregadas por uma empresa chamada Blockstream, cujo principal produto é soluções sidechain.

Alguns da comunidade afirmam que isso cria um conflito de interesses, já que os desenvolvedores são incentivados a obstruir as tentativas de aumentar o tamanho do bloco, a fim de aumentar artificialmente a demanda por soluções de sidechain, como a Lightning Network. Não há nenhuma prova definitiva para esta afirmação, mas uma grande parte da comunidade ainda optou por acreditar nela e está se opondo a SegWit.

O argumento ideológico principal, contra a atualização, é que ele não fornece escalabilidade enquanto preserva um grau suficiente de descentralização da rede Bitcoin. Como já foi dito anteriormente, a SegWit resolve os problemas de longo prazo com a capacidade de transação insuficiente da Bitcoin apenas na medida em que permite a implementação de soluções de camada secundária de segunda camada, como a Lightning Network.

O problema que algumas pessoas vêem é como os sidechains funcionam. Para não confiar no Blockchain altamente congestionado, eles movem as moedas para um sistema de segunda camada. Lá, todas as transações são processadas por um terceiro também confiável, sem ter que transmiti-las em toda a rede, o que economiza muitos recursos e tempo.

Naturalmente, o apoio mais direto vem dos mineiradores. No momento da redação, mais de 33,8% deles estão sinalizando sua aprovação explícita do SegWit.