Criptomoedas? Rejeitar a inovação frequentemente é a receita do fracasso
Felix Martin escreve em seu livro “Dinheiro: uma biografia não autorizada – da cunhagem às criptomoedas”, p. 71, diz que “a sofisticação tecnológica e cultural nunca foi garantia de progresso. A história está repleta de exemplos de civilizações antigas e avançadas cuja relutância ou incapacidade de absorver ideias novas abriu caminho para que fossem superadas por nações mais atrasadas, menos sobrecarregadas pelo peso das conquistas alcançadas”.
Aqui está uma descrição historicamente comprovável de que quando uma inovação chega, não importa o grau de avanço de uma civilização, se ela não se adaptar ela pode ser superada, inclusive por um grupo de pessoas menos avançado do que ela.
As Criptomoedas são uma inovação
Não é possível negar que o Bitcoin e as criptomoedas sejam uma inovação ocorrendo em meio a uma sociedade já tecnologicamente bastante avançada. Mas a resposta curta e direta é que se essa sociedade não se adaptar, ela pode ser realmente subvertida em função dessa falha.
Certamente, há muitas pessoas que estão percebendo esse padrão, mas não é fácil fazer as sociedades perceberem uma mudança de grande magnitude de forma positiva e conduzir a metamorfose a um novo paradigma.
Há muitas forças arregimentadas contra as Criptomoedas
Apesar de todo o entusiamo com o mercado das criptos, seria uma enorme ingenuidade deixar de perceber que uma grande reunião de forças para tenar barrar o desenvolvimento desse mercado e para usar seus avanços tecnológicos para os propósitos centralizadores dos donos do poder.
É praticamente uma contradição de termos falarmos em blockchains “fechadas”, mas essa linguagem e conceito já é bastante usada e indica a tentativa da absorção de alguns avanços trazidos pelas criptos, deixando de lado parte importante de sua essência e vocação libertária.
Conclusão:
A tendências dos países que se fecharem em relação a essa tecnologia inovadora é ficar para trás em uma transformação que é praticamente impossível de ser parada. Há poderosos agentes que desejam ao menos diminuir a velocidade da disrupção, mas a direção parece ser inevitável. Dessa forma, a regra agora é se adaptar para não morrer.
Ezequiel Gomes
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