HomeCriptomoeda SOV é exemplo para as criptomoedas centrais

Criptomoeda SOV é exemplo para as criptomoedas centrais

Melissa Eggersman

A República das Ilhas Marshall adotou uma nova criptomoeda chamada SOV (abreviação de “sovereign”, soberano em tradução para português) que se tornou uma das moedas oficiais do país.

Esse é um dos primeiros países a fazer isso. Porém, diferente da Petro, da Venezuela, o SOV mantém muitos dos pilares que fazem do criptomercado um setor tão liberal.

Segundo o site oficial, ela é uma moeda oficial e diferentemente do Bitcoin, Libra e outras criptomoedas, será considerada uma forma legal de dinheiro, assim como o dólar ou o euro.

O fornecimento da moeda (SOV) é fixado através de um algoritmo, por isso cresce lenta e sustentavelmente. Isso que significa que ela não pode ter o seu preço manipulado, nem mesmo pelo próprio governo.

Essa questão é interessante porque até mesmo a moeda fiduciária pode ser manipulada pelo governo quando simplesmente decide colocar mais dinheiro em circulação. Qualquer pessoa poderá usar o SOV, e as novas moedas geradas na rede serão distribuídas de maneira uniforme e justa entre todos os proprietários de SOV.

O protocolo do SOV garante que todo usuário da criptomoeda tenha verificações de conformidade com um verificador registrado, mas os detalhes do usuário são mantidos em sigilo.

 

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Essa é uma novidade muito interessante, porém, vale notar que o país é muito pequeno. Muitos nem ao menos sabem da existência ou onde fica a República das Ilhas Marshall.

O pequeno país faz parte da Oceania e está localizado no espaço entre as Filipinas e o Havaí, no Oceano Pacífico. A população do país de 53.158 habitantes tradicionalmente usa o dólar americano como moeda central.

Há uma ótima citação no site sobre por que eles criaram o SOV:

“Como todos os recursos, o dinheiro não pode ser explorado sem limites. Nosso vício global em criar dinheiro está nos enviando para a beira do precipício. Precisamos de uma abordagem nova e sustentável.

O SOV elimina a tentação de explorar demais a oferta de dinheiro, fixando seu aumento em 4% ao ano. Além disso, todos se beneficiam quando um novo SOV é criado, não apenas bancos e governos.”

Parece que o projeto é uma resposta a alguns dos problemas que estamos enfrentando atualmente nas moedas fiduciárias tradicionais. Esses problemas citados são justamente o que o Bitcoin nasceu para enfrentar.

É curioso um sistema central ter uma visão de que o sistema atual está quebrado e que uma criptomoeda apoiada pelo governo é a solução.

As Ilhas Marshall apresentam um plano interessante para criptomoedas centrais, que são desenvolvidas por governos. Na grande maioria dos casos, os governos querem desenvolver suas próprias moedas para criar um ambiente controlado e não perder a soberania de suas moedas fiduciárias.

No caso do SOV, a ideia é manter o seu povo no poder de seu dinheiro.

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