HomeSegundo estudo, 75% das transações em dapps EOS são feitas por robôs

Segundo estudo, 75% das transações em dapps EOS são feitas por robôs

Melissa Eggersman

Depois da alta do mercado de criptomoedas, quando muitas altcoins e o Bitcoin chegaram a valores impressionantes, muito começou a ser discutido sobre a usabilidade das redes e o quanto isso deveria ser considerado no valor real da moeda.

Por volta deste mesmo período, vimos o surgimento e crescimento dos dApps, que continuam se tornando bastante populares. Entre as principais redes que executam esses aplicativos descentralizados temos a Ethereum, TRON e EOS.

A EOS vem se destacando nos últimos meses por apresentar um grande número de dApps com bastante transações e movimentações, sendo um dos principais concorrentes da TRON.

Com isso em mente, um novo estudo realizado pela AnChain.AI chegou à conclusão de que 75% das transações na rede EOS são falsas. Um problema gravíssimo para a rede e principalmente para os investidores.

Isso, junto de uma série de outras péssimas notícias, faz da EOS uma rede cada vez menos confiável. Vale lembrar que a pouco tempo, a rede teve sua nota rebaixada no Weiss Ratings por causa de “excesso de centralização”, como nota o site CriptoFácil.

O estudo descobriu que 51% de contas únicas e 75% do total de transações foram conduzidas por contas não humanas. “A atividade de bots ameaça a integridade da indústria de blockchain, já que a atividade do usuário, o volume de transações e o volume diário estão entre as métricas mais frequentes para determinar a validade tecnológica e precisamente o que está sendo falsificado”, disse Victor Fang, CEO da AnChain.

A AnChain é apoiada pela Amino Capital, uma empresa de Palo Alto VC, e tem 15 funcionários.

O estudo examinou milhões de transações das dez principais plataformas dapps da EOS – que representam 65% de todo o volume de transações EOS – para monitorar o desempenho e detectar atividades suspeitas. Usando inteligência artificial, a AnChain foi capaz de identificar contas repetitivas ou hiperativas para determinar que eles eram bots maliciosos.

Fang sugere que esses jogadores autônomos foram programados para aumentar o ranking dos dapps, aumentar a liquidez dos tokens usados pelos aplicativos, colher lucros não auferidos nos dividendos de pagamento, sabotar os concorrentes congestionando aplicativos ou lançar ataques direcionados a aplicações vulneráveis.

Enquanto não é incomum a atividade de bots na internet, quando falamos de redes de aplicativos descentralizados, esses são números que afetam diretamente a valorização e tokens.

De forma simples, a ação de bots na rede é feita basicamente para enganar investidores e prejudicar a segurança do criptomercado como um todo.

Resposta da EOS

Pouco tempo depois da divulgação do relatório, a EOS New York se posicionou em relação à pesquisa. Segundo o que foi noticiado pelo Cointelegraph, a EOS New York questiona a veracidade das informações e afirma que houve falha na definição dos critérios utilizados na análise.

“Nada no relatório do Anchain.ai pode ser usado para inferir que o EOS é menos rápido, seguro, descentralizado, flexível, escalável ou ágil do que realmente é.”, diz a resposta oficial da empresa.

De acordo com as informações, a empresa também disse que “95% do volume de transações do Bitcoin é falso, mas seu valor é real”, por isso as transações feitas por robô na blockchain de dapps não alteram a veracidade da rede ou de seu token.

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