A Ripple, a empresa por trás do XRP, mudou sua estrutura de gerenciamento nos últimos dias. Em uma declaração oficial em 11 de julho, a empresa anunciou a contratação de Kahina Van Dyke como vice-presidente sênior de negócios e desenvolvimento corporativo.
Van Dyke tem uma extensa lista de credenciais, com 20 anos de experiência em serviços bancários e fintechs, dois dos quais se destacam por estarem envolvidos com empresas como MasterCard e Facebook. A nova vice-presidente da Ripple passou dois anos trabalhando como Diretora Global de Serviços Financeiros e Parcerias de Pagamento no Facebook, onde lidou com parcerias com PayPal, Visa e Western Union, entre outras, além de fornecer soluções para mais de 50 países.
A Ripple não faz segredo sobre se tornar uma entidade global, com uma estratégia que pretende focar mercados em desenvolvimento e emergentes para fornecer soluções financeiras e bancárias para populações historicamente sem banco. No início da semana, o vice-presidente do produto Asheesh Birla foi manchete em um painel sobre escalonamento em tecnologia financeira, quando estimou que a XRP pode ter até 50% da participação no mercado de criptomoedas na Índia. No mesmo painel, Birla destacou o Brasil como um país-pivot potencial para a Ripple trabalhar, usando as lições do sucesso encontradas na Índia.
Modernizando as soluções de pagamento existentes
A experiência de Van Dyke com o CitiBank e a MasterCard oferece uma visão ampla sobre o estado das processadoras de pagamento e fintech, mas seu foco na Ripple será melhorar os pagamentos globais e fornecer parcerias com serviços financeiros internacionais, ampliando o objetivo da Ripple de reduzir o atrito das transações fronteiriças. Falando com a equipe da Ripple em seu anúncio de contratação, Van Dyke destaca a dificuldade em desenvolver serviços de transações globais e como o espaço é largamente inexplorado devido a essa barreira.
Há uma razão pela qual você tem apenas um punhado de grandes operadoras de transferência de dinheiro no mundo hoje. Sem dúvida, as transações internacionais são um dos problemas mais complexos e multifacetados nos pagamentos.
Puxando sua experiência passada, Van Dyke também lamenta o estado da maioria das instituições de serviços financeiros e processadores de pagamento como estando presos no passado, deixando de inovar para os padrões modernos,
As redes bancárias correspondentes que sustentam os pagamentos globais de hoje foram construídas há quase 40 anos e projetadas para acomodar grandes pagamentos corporativos. Foi uma ferramenta eficiente para mover esses tipos de pagamentos nos anos 60 e 70, mas a realidade é que a maioria dessas plataformas não atende mais às necessidades atuais dos negócios em tempo real.
Embora a Ripple tenha obtido sucesso nos pagamentos via XRP por meio do Cuallix, que opera com transferências do USD para o Peso, existe um grande número de corredores de pagamento em todo o mundo – avenidas que o Ripple espera capitalizar. Van Dyke cita a Argentina ao Zimbábue como um exemplo, que abrange mais de 20.000 corredores de pagamento individuais.
David Schwartz agora CTO
Além da contratação de Van Dyke, Ripple anunciou a promoção de David Schwartz, figura comunitária regular e defensor da Ripple, como Chief Technology Officer. Anteriormente, Schwartz ocupou o cargo de Chefe Criptógrafo da Ripple e tem sido uma voz ativa nas mídias sociais, explicando ainda mais a tecnologia da Ripple, XRapid, etc., enquanto também faz sua parte para diferenciar a empresa-mãe da criptomoeda XRP.
