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Polícia australiana fecha 2 exchanges envolvidas com tráfico

Melissa Eggersman

A polícia federal da Austrália prendeu um operador de exchange de 27 anos acusado de operar um esquema de tráfico de drogas.

A investigação teve inicio em 2017 quando a polícia federal prendeu dois homens por importação de drogas para a Austrália. A agência de investigação continuou as buscas, o que os levou a revelar um sistema de tráfico de drogas operado por e-mail e que atingia os subúrbios de Bulleen, Templestowe Lower e Malvern.

A polícia invadiu os pontos de apoio dos traficantes e aprenderam drogas, esteroides, dinheiro e “itens relacionados a criptomoedas.”

“O acusado teve um papel importante em dirigir as operações do sindicato do crime que usou vários sites da dark net, contas de bitcoin e negócios legítimos para a distribuição, venda e lavagem de dinheiro das drogas ilícitas”, disse a polícia em um anúncio oficial.

Após as prisões, a equipe de confisco criminal recebeu a permissão da corte local para confiscar mais de $140 milhões em propriedades ligadas à investigação.

A recente atividade levou O Centro Australiano de Análise e Relatórios de Transações (AUSTRAC, na sigla em inglês) a banir duas exchanges de Bitcoin por causa da ligação com as atividades ilícitas.

Os investigadores da AUSTRAC junto da polícia de Nova Gales do Sul publicaram um release de imprensa conjunto, lembrando as exchanges de Bitcoin que eles devem respeitar as leis ou vão ser devidamente punidos.

“Administradores de corretoras de criptomoedas tiveram o tempo e oportunidade adequados para se organizar de acordo com as novas leis e a AUSTRAC já rejeitou o registro de duas exchanges. Nós ainda estamos monitorando ativamente o setor de compliance.”, informou Dr. Nathan Newman.

A Austrália continua a ter o segundo maior número de tráfico pela dark web do mundo em relação a sua população. E, mesmo estando um pouco longe, afeta a regulamentação das criptomoedas até mesmo no Brasil.

Existe muita discussão em relação a legalidade das criptomoedas e o quanto elas podem ser “usadas para o crime”, recentemente, essa discussão voltou ao cenário brasileiro depois que a PM de São Paulo aprendeu uma mineradora que estava com o PCC. Sabemos que as criptos possuem uma natureza libertária e que, na sua essencial, é fundamental para o futuro mercado financeiro, porém, casos como esse da Austrália não ajudam muito com a reputação das criptos.

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