HomeO banco do Japão voltou as costas para uma criptomoeda estatal

O banco do Japão voltou as costas para uma criptomoeda estatal

Melissa Eggersman

O banco do Japão se tornou a última instituição financeira governamental a reconhecer o risco de uma criptomoedas estatal. De acordo com Masayoshi Amamiya, uma moeda digital nacional pode comprometer o sistema financeiro tradicional estabelecido nos países desenvolvidos. O banco central japonês não tem planos de criar sua própria cripto, ele disse.

Moeda centralizada ameaça estabilidade financeira

Moedas digitais criadas por bancos centrais podem ter grande impacto no atual sistema financeiro, disse o diretor do banco central japonês, Masayoshi Amamiya durante uma conferência sobre fintechs. Ele disse aos participantes, incluindo membros do FMI e da FSA [autoridade de serviços financeiros no Japão, sigla em inglês], que o banco do Japão não tem planos imediatos de criar sua própria criptomoeda.

Amamiya notou que os bancos centrais foram estabelecidos para superar “o tumulto causado pela multiplicidade de meios de pagamento”. Essa foi a razão pela qual a eles foi conferida a capacidade exclusiva de criar “o dinheiro do banco central”, ele explicou. Em um sistema financeiro de dois níveis, os bancos proveem serviços de pagamento ao público em geral e alocam recursos financeiros à economia através de empréstimos e créditos. De acordo com os executivos do banco do Japão, essa estrutura “reflete a sabedoria dos seres humanos na história para atingir tanto a eficiência e da estabilidade”.

Masayoshi compartilhou suas preocupações sobre a emissão de moedas digitais pelo banco central garantirá à pessoas e negócios acesso direto ao banco central. “Isso pode ter grande impacto no sistema monetário de dois níveis e na intermediação financeira aos bancos privados”, o representante do banco do Japão afirmou. Atualmente, o banco central permite acesso direto às suas contas apenas a um limitado número de entidades como bancos privados, ele relembrou.

Ao mesmo tempo, Amamiya acredita que os bancos centrais devem sempre prestar atenção às inovações que estão ocorrendo e seguir os avanços tecnológicos a fim de prover à sociedade a melhor infraestrutura financeira. O banco do Japãi reconhece a importância de entender as tecnologias inovadoras não apenas para manter a estabilidade, mas também para procurar sua aplicação no futuro, disse o diretor.

Criptomoedas estatais permanecem no banho-maria

Os comentários de Masayoshi chegam numa hora quando um número de bancos centrais e autoridades financeiras estão voltando suas costas às criptomoedas centralizadas e criadas por governos. Propostas para a criação de tais moedas, com ou sem blockchain têm sido feitas em vários países nos últimos meses. Elas têm sido vistas como alternativas às criptomoedas descentralizadas, como o bitcoin, que permitiria aos governos usar a tecnologia sem perderem o controla do sistema financeiro.

Inicialmente entusiasta sobre a ideia de uma criptomoeda estatal, o banco central da Rússia tem gradualmente mudado sua posição, também. Planos para propor um “cripto-rublo” foram adiados. O banco central revelou intenções de estudar a possibilidade de criar uma “moeda virtual nacional” no último verão. Mais tarde, contudo, foi afirmado que “a introdução de uma moeda digital nacional parece injustificada”. Ao invés disso, a Rússia pode procurar consultar seus parceiros na União Europeia e no BRICS sobre a criação de uma moeda digital comum para transações internacionais.

(Lubomir Tassev)

Fonte: news.bitcoin.com/

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