O XDK como especificado, possui 10 sensores para diferentes grandezas:
- BMA280 – Acelerômetro de 3 eixos de 16 bits, com controlador de interrupção que pode ser configurado para disparar em caso de vários tipos de eventos.
- BMG160 – Giroscópio (sensor de aceleração angular) de 3 eixos com resolução de 16 bits e FIFO programável;
- BMM150 – Magnetômetro (sensor geomagnético) de 3 eixos com resolução de 13 bits para X/Y e 15 bits para o eixo Z;
- BMI160 – é uma IMU (unidade de medida inercial) composta de um acelerômetro e giroscópio ambos de 3 eixos e 16 bits de resolução. Adicionalmente, ele consegue cuidar de dados de outros sensores sem precisar de outra porta de comunicação
- BME280 – Também conhecido como sensor de condições do ambiente, esse sensor pode medir três grandezas, umidade, pressão e temperatura, com resolução de 16 bits
- AKU340 – Um dos meus favoritos desse hardware, esse sensor é voltado para medida de qualquer tipo de ruído acústico, só que a parte mais interessante segundo seu manual é que a resposta é flat (constante) em toda a faixa de frequência que está entre 10Hz e 10KHz, tornando uma solução interessante para aquisição de voz;
- MAX44009 – Um sensor de luz ambiente, com gama dinâmica altíssima de 22 bits
Além das características para sensor o XDK da Bosch traz mais armamento para transformá-lo num dispositivo conectado capaz de atender até os casos mais complexos de IoT:
- Bluetooth low energy – o XDK vem com um rádio BLE, permitindo a transmissão de dados em com baixo consumo de energia;
- WiFi – Possui um conhecido CC3100 da Texas Instruments, acompanhando de um completo stack TCP/IP é o responsável por conectividade em nuvem direta no XDK;
- Entrada para cartão SD – Acessível ao usuário, o XDK permite a inserção de um cartão de memória facilmente encontrável, permitindo armazenamento de dados locais quando a conexão não for disponível.
- Push-buttons e leds para proporcionar uma interação simples com o usuário
- Uma bateria interna é presente ao dispositivo, permitindo que algoritmos de gerenciamento de energia sejam desenvolvidos para que o dispositivo possa operar em campo por mais tempo sem uma fonte externa.
Nem tudo é eletrônica nesse hardware, o pessoal da engenharia da Bosch trata esse dispositivo como um candidato a produto, e não protótipo. Para isso os rádios já vem pré-certificados e, somado a isso, o design mecânico foi projetado para ser compacto, porém robusto, sendo resistente a impactos e à poeira. O kit acompanha um sistema para fixação permitindo que o próprio dispositivo seja instalado na localização final da aplicação, de novo, esse não é um kit para iniciantes.
Desenvolver com o XDK, como funciona?
Por ser um hardware tão completo, o pessoal da Bosch também fez o mesmo com as ferramentas de desenvolvimento de firmware, o SDK (Software Development Kit) que acompanha o XDK vem em conjunto com o ambiente de desenvolvimento baseado em Eclipse, chamado de XDK Workbench. Ao explorar o SDK o usuário ficará fascinado, pois a quantidade de ferramentas disponíveis é grande, permitindo diversos níveis de desenvolvimento. O XDK é centrado em um port especial do conhecido FreeRTOS, porém com alguns recursos já configurados para uso no XDK, mas nada impede que o usuário reconfigure tudo ao seu gosto.
Além do RTOS já portado o SDK possui validado e bem integrado:
- Stack Bluetooth low energy;
- Stack WiFi e TCP/IP;
- Stack de protocolos comunicação (CoAP, MQTT);
- Sistema de arquivo FAT + drivers de disco;
- Device drivers (microcontrolador, rádios, bateria, botões, leds, sensores);
- Sensor toolbox – uma biblioteca de componentes para pós processamento de sensores (inclusive fusão baseado no Bosch BSX);
- Gerenciador de energia e monitor de bateria;
- Atualização de firmware por canal aéreo (FOTA).
Tudo isso em volta de um microcontrolador ARM-Cortex M3, fornecido pela Silicon Labs. O MCU em questão é da família EFM, sendo apenas adequado à aplicação (confesso que esperava um Cortex-M4 com FPU como os low power STM32L4). Para desenvolvimento o usuário conta com um canal de bootloader permitindo o download de uma nova aplicação apenas conectando o XDK em uma porta USB (também utilizada como console, permitindo que mensagens do firmware possam ser enviadas e exibidas em uma aplicação de terminal). Além disso o usuário mais avançado conta com uma porta de debug para conexão do conhecido Segger JLink, permitindo que desenvolvimento de cada linha de código seja testada passo-a-passo. Abaixo podemos ver o aspecto geral do XDK Workbench, como o usuário pode notar, não há nada de muito diferente de outros ambientes baseados em Eclipse, exceto pela quantidade de módulos disponíveis e pelo nível de integração (um projeto no XDK pode ser criado em menos de 3 minutos com todos os componentes configurados).
Tudo sobre o XDK:
https://xdk.bosch-connectivity.com/
O XDX da Bosh
Fonte: https://www.embarcados.com.br/bosch-xdk-sensor-x-perience/
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