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Coreia do Sul mantém proibição de ICOs

Melissa Eggersman

 

O governo da Coreia do Sul atualizou sua posição em relação às ICOs (Initial Coin Offerings). As mudanças vieram como resultado de uma investigação de 3 meses sobre as atividades de ICOs no país. A investigação foi feita por diversas companhias coreanas.

Muitos influenciadores do criptomercado vão dizer que as ICOs são grandes cassinos. Essa fama veio depois que a bolha do criptomercado estourou. Durante a alta de 2017, diversas ICOs foram lançadas, muitas com o único objetivo de enriquecer os seus criadores. Por causa de problemas assim, a Coreia do Sul (que tem um dos mais importantes mercados de criptomoeda do mundo) decidiu banir as ICOs no país e começar a investigar essas atividades.

Curiosamente, o governo descobriu que muitas companhias driblaram a proibição e conduziram venda de tokens em outros países.

No começo da semana, o governo anunciou o resultado final da sua investigação, assim como o futuro para as ICOs.

“Com pedidos para permitir que as ICOs fossem liberadas acumulando, o governo investigou 24 companhias e a política de oferecimento de moedas por três meses.”

Segundo os investigadores, o governo vai manter a proibição de ICOs dentro do país, considerando que a investigação determinou que elas são muito arriscadas para o mercado. O Secretariado no Primeiro Ministro foi citado dizendo:

“Nós vamos continuar cautelosos sobre as ICOs. Se nós sugerirmos regras de conduta, vai ficar subentendido que estamos aprovando esse tipo de investimento, que são uma opção de investimento de alto risco.”

A proibição de ICOs dentro do país começou em setembro de 2017. Em dezembro do ano passado uma startup fez uma reclamação constitucional contra o governo, afirmando que a proibição era anticonstitucional.

O resultado da longa investigação

O Serviço de Supervisão Financeira (FSS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul conduziu a investigação sobre as ICOs de setembro a novembro do ano passado. 24 companhias locais com projetos de oferecimento de moedas foram investigadas em caráter voluntário. O governo mandou um questionário para cada companhia e inspecionou o whitepaper, notícias e releases de imprensa. O resultado de 22 companhias foi analisado.

O principal objetivo da investigação era analisar todas as atividades relacionadas a ICOs e desenvolver uma resposta apropriada para o investimento. Como já falamos, eles preferiram manter o banimento, provavelmente por terem percebido o quanto as ICOs são arriscadas e não-confiáveis.

Os investigadores também descobriram que as 22 companhias que tiveram o resultado analisado desenvolveram plataformas, mas não ofereceram moedas no território nacional. Porém, a maioria das 22 lançaram projetos em outros países, driblando a proibição.

Vale lembrar que junto dos EUA e do Japão, a Coreia do Sul é uma das maiores criadoras de tendência do criptomercado. A sua decisão em relação as ICOs pode ser usada como termômetro para como toda a indústria está reagindo ao fracasso desses investimentos durante a alta do mercado em 2017.

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