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60 bancos da América Latina vão usar a blockchain do Bitcoin

Melissa Eggersman

O Bantotal, um serviço bancário com base no Uruguai e com mais de 60 clientes bancários em toda a América Latina, iniciou recentemente uma parceria com a Bitex, uma corretora de criptomoedas. Com essa parceria, o banco ajudará as instituições bancárias a fazer transações de remessas e pagamentos internacionais usando a blockchain do Bitcoin.

De acordo com o diretor executivo de marketing da Bitex, Manuel Beaudroit, a integração será um passo importante para o setor bancário na região e ajudará a conectar essas instituições de uma maneira mais eficiente do que os métodos tradicionais, como o SWIFT.

Vale lembrar que o SWIFT é um dos grandes competidores das criptomoedas. O XRP, e as soluções da Ripple, estão sempre confrontando a empresa para se tornar o novo modelo tradicional para transferências.

Até mesmo a SWIFT já percebeu a importância da blockchain, tendo anunciado no ano passado que estaria trabalhando com soluções da R3 e até mesmo com a Ripple.

O projeto do Bantotal é interessante pois ele pretende, através da Bitex, usar a blockchain do Bitcoin. Como muitos sabem, a rede do Bitcoin é muito criticada pela falta de escalabilidade, o que impede grandes volumes de transações.

Com o uso da blockchain e a parceria entre as empresas, os bancos que fazem parte do Bantotal poderão acessar a API da Bitex e transmitir dinheiro rapidamente para os bancos da região. Segundo a empresa, esses pagamentos são cinco vezes mais baratos e muito mais rápidos que outros métodos.

Tradicionalmente, os pagamentos podem levar até 96 horas. Mas a Bitex promete reduzir esse tempo em mais da metade. Com a blockchain é possível baratear e acelerar as transações, aliás, essa é uma das principais vantagens dessa tecnologia.

A Bitex funciona basicamente como o intermediário das transações. Os bancos encaminham os pagamentos através da empresa e não precisam se preocupar com os outros detalhes ligados às transações de criptomoedas.

Isso também pode ser interessante para as empresas bancárias porque elas não precisam mais adquirir moeda fiduciária estrangeira para realizar câmbio ou as transferências. Ao invés disso eles podem apenas usar o Bitcoin.

Essa iniciativa é vista pelos investidores locais como uma ótima maneira de expor o mercado aos benefícios da blockchain. Enquanto a Europa, os EUA e a Ásia já estão usando a tecnologia extensivamente, alguns países ainda estão atrasados neste quesito e esta solução pode ajudar a modernizar o modelo de negócios.

De acordo com Santiago Siri, um especialista em governança digital que trabalha como consultor da Bitex, usar o Bitcoin para se conectar internacionalmente, ainda não é algo comum na América Latina, mas com iniciativas como esta pode se tornar algo normal.

Veja também: Binance US se adequará as normas americanas

 

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