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Fidelity lança plataforma institucional para Bitcoin e Ethereum

Melissa Eggersman

 

A Fidelity Investments está desenvolvendo uma empresa independente, dedicada exclusivamente a trazer criptomoedas para os investidores institucionais.

Chamada de Fidelity Digital Assets, a companhia de responsabilidade limitada sediada em Boston fornecerá soluções de custódia de nível corporativo, uma plataforma de trading de criptomoedas e serviços de consultoria institucional em funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana. Ou seja, projetada para se alinhar ao ciclo de negociação sempre presente na blockchain.

Atualmente, a Fidelity Investments fornece serviços financeiros por US$ 7,2 trilhões em ativos de clientes, além de compensação, custódia e investimento para 13.000 empresas de consultoria e corretores institucionais. No entanto, o quinto maior  gestor de ativos do mundo até agora limitou sua exposição às moedas digitais em alguns serviços periféricos e por meio de doações da Fidelity Charitable, instituição sem fins lucrativos.

Com os primeiros clientes da Fidelity Digital Asset sendo integrados a partir de agora, o lançamento da subsidiária com 100 funcionários marca o mais recente e, talvez, o maior impulso para as criptomoedas vindo de um gestor de ativos institucional.

“Isso é um reconhecimento de que há demanda institucional para esses ativos como classe”, disse o diretor-fundador da Fidelity Digital Assets, Tom Jessop, à Forbes. “Escritórios familiares, fundos de investimentos, entre outros investidores sofisticados estão começando a pensar seriamente neste espaço.”

Anunciado em um evento na sede da Bloomberg em Nova York, a Fidelity Digital Assets oferecerá três serviços principais. O mais elaborado deles é o de custódia de bitcoin, ethereum e outros ativos digitais. A ideia é dar aos investidores institucionais uma maneira adequada de garantir seus ativos, mantendo-os em um cofre físico.

Os cofres distribuídos em múltiplos locais geograficamente dispersos são os chamados “armazéns frigoríficos”, segundo Jessop. Ou seja, eles não consistem apenas em proteções de segurança baseadas em software, mas são fisicamente separados da internet, dificultando a invasão.

Outros serviços da Fidelity Digital Assets incluirão serviços de trading que alavanquem um mecanismo de cruzamento interno e um roteador de pedido inteligente que executará negociações usando múltiplos fornecedores de liquidez de criptomoeda de terceiros. É importante ressaltar, eles não equivalem a uma exchange, mas a tubulação que conecta diretamente os clientes da Fidelity às exchanges. Para facilitar o envolvimento de instituições que são novas em criptomoedas, a Fidelity Digital Assets também oferecerá uma equipe para ajudar no processo de integração.

Coletivamente, a presidente e CEO da Fidelity Investments, Abigail Johnson, disse que o spin-off de ativos digitais é parte de um plano maior para tornar mais fácil para os investidores de todos os tipos “entender e usar” uma ampla gama de ativos emitidos em uma blockchain. “Nosso objetivo é tornar os ativos digitais, como o bitcoin, mais acessíveis aos investidores”, disse.

Os experimentos da Fidelity com a tecnologia blockchain começaram em 2013, com o discreto lançamento de sua Blockchain Incubator, parte do Fidelity Center for Applied Technology. Em 2015, a Fidelity Charitable começou a aceitar doações de bitcoins e, em fevereiro deste ano, a criptomoeda representou o tipo de doação que mais cresce na organização, arrecadando mais de US$ 69 milhões.

No ano passado, a Fidelity começou a permitir que seus clientes visualizassem seus saldos de criptomoedas por meio de uma integração com a Coinbase. Isso levou à especulação de que a Fidelity estava construindo sua própria troca de moedas.

Por isso, não foi uma surpresa quando a Fidelity se associou à MIT Digital Currency Initiative para sediar a primeira Layer 2 Summit focada nas pesquisas e protocolos que estão sendo construídos para ajudar a resolver os problemas de escalabilidade da blockchain enquanto elas alcançam um crescimento.

O momento do lançamento é interessante por vários motivos. Primeiro, o preço do bitcoin caiu 68% desde o pico em 2017, para o preço atual de US$ 6.600. Em segundo lugar, a queda de preço deu nova munição para os céticos que há muito tempo duvidam da escalabilidade e dos casos de uso de bitcoin.

Jessop diz que a Fidelity vê os ativos de criptomoeda além de apenas uma reserva de valor, mas um investimento em casos de uso futuros sendo desenvolvidos atualmente, ou talvez ainda não concebidos.

“Nossa visão de longo prazo é que você verá muitos ativos nesse novo meio”, disse Jessop. “Isso trará uma série de benefícios em torno da eficiência, da acessibilidade e da automação. Tudo que é muito estimulante para os serviços financeiros.”

Guia do Bitcoin

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